Sabemos que algumas pessoas são simplesmente brilhantes naquilo que se propõem a fazer. Sabemos também que na crença comum elas possuem um talento nato que as diferenciam das demais. O que não sabemos, ao menos em tese, é porque alguns indivíduos atingem níveis extremos de sucesso em suas atividades. Qual é o segredo daqueles que costumamos chamar de gênios? Ao buscar a resposta, nos deparamos com a obra de Malcolm Gladwell, denominada “Fora de Série – Outliers”, e é sobre as conclusões desse autor que iremos abordar. O que torna uma pessoa fora de série?
Para Gladwell, há um misto de fatores que favorecem alguns indivíduos apontando, segundo estudos, que até mesmo os melhores jogadores de hóquei da liga canadense possuem uma vantagem sobre os demais se forem nascidos no mês de janeiro. Isso lhes gera uma vantagem competitiva sobre os demais atletas, observada em análise estatística. Porém, apesar da idade superior se comparados aos nascidos em outros meses, para o autor existem outros fatores que distinguem os excepcionais. Paixão, talento e esforço parece ser a fórmula do sucesso e algumas pessoas, além desses elementos, tiveram a sorte de ter outras condicionantes que as impulsionaram para níveis de excelência extremamente elevados.
Gladwell aponta ainda que o nível de excelência para alguém se destacar começa a ocorrer a partir do momento em que ele se dedica ao tempo das 10.000 horas. Esse número significa 3 horas por dia, 20 horas por semana, durante dez anos consecutivos. Todo aquele que pretende atingir status elevado na atividade que desenvolve deverá se dedicar pelos menos 10.000 horas no propósito que pretende desenvolver. Além disso, para o jornalista e escritor canadense, tudo que fazemos deverá ser feito com alegria, determinação e entusiasmo (enthousiasmos = ter um Deus interior). Equivale dizer que nossos heróis nascem em circunstâncias modestas, com algumas vantagens competitivas e, graças ao seu esforço, dedicação e garra, atingem o topo nas atividades que desenvolvem.
Os exemplos do autor são significativos. Os Beatles, antes de estourarem em 1964 já haviam se apresentado ao vivo na Alemanha por pelo menos 1200 vezes, como uma banda desconhecida, tocando todos os tipos de música, e em média 8 horas, conforme apontou Lennon em entrevista, quando da separação do grupo.
Outro exemplo apontado por Gladwell se refere a nada menos que Bill Gates. Para o colunista do The New Yorker, Gates iniciou na programação na oitava série em 1968 em um clube de informática da escola Lakeside. Quando deixou Harvard para criar a Microsoft, Gates já havia acumulado as 10.000 de programação.
Sucesso é o encontro da competência com a oportunidade. Talento, sem esforço, se perde pelo caminho e não gera resultado “fora da curva”. De nada adianta ter a preparação e não ter a oportunidade ou ter a oportunidade sem estar preparado.
Porém, uma coisa é certa. Todos nós temos as mesmas 24 horas. O que faremos com elas é que determinará o resultado que iremos atingir. Trabalho, com dedicação e disciplina, é capaz de transformar qualquer um. O “efeito Mateus” diz textualmente que “porque a todo aquele que tem será dado e terá em abundância; mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado – Mateus, 25:29”. Não por acaso, quanto mais trabalhamos mais sorte temos.
*Artigo publicado por Valério Ribeiro na edição nº380 da Revista Em Voga.
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