Por Valério Augusto Ribeiro, abril de 2020.
Me descobri pequeno,
Diante da pandemia;
O mundo parou aos poucos
E eu acordado não via.
Um bicho pequeno e tinhoso,
Pelo ar das pessoas corria;
Não tinha idade ou raça,
Na maldade que produzia.
Os olhos puxados não viram,
Falaram ser fantasia;
Aos poucos em grandes naves,
O bicho se reproduzia.
Virou tema político,
E nos grupos se discutia;
Esquerda, direita e centro,
A solução nenhum deles sabia.
Aos poucos vários morrendo,
Como cumprindo a profecia;
De um mundo de guerra e conflito,
Cujo Deus não nos bastaria.
E veio a esperança de tudo,
De branco e capuz se vestia;
Partiu prá dentro do bicho,
De um jeito que medo não via.
E logo uma luz se renova,
Curando um monte por dia;
A verdade se revelando,
Espalhar o bicho queria.
Quantos precisarão morrer,
Quantos pedidos a Deus repetia;
Quantos ainda irão sofrer,
Pelo bicho da economia.
O mundo não será mais o mesmo,
Depois dessa tal pandemia;
Quem puder ficará em casa,
Porém, sem hipocrisia.
Mas, alguns não poderão,
Caminhar por essa via;
Morrerão de fome e de sede,
Bem pior que pandemia.
Pedi ao padre uma benção,
Rogando em romaria;
Para curar esse mundo,
Da falta de poesia.
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