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21 de novembro de 2019

INDICADORES

Em meio a um cenário político conturbado, impulsionado por crises sucessivas e descrença nas instituições, é possível perguntar se de fato estamos no caminho certo? Apesar de toda essa gama de notícias ruins e do pessimismo diário transmitido pelos meios de comunicação, há espaço para acreditar que o país esteja de fato retomando o crescimento? Ainda estamos em crise?

Inicio as respostas com uma breve observação. São poderes da união, independentes e “harmônicos” entre si, o legislativo, o executivo e o judiciário, segundo o artigo 2º da Constituição Federal. Falar em harmonia com o cenário que estamos vivenciando nos três poderes é algo completamente fora da realidade. E como fazer para avaliar se estamos no caminho certo e se podemos confiar nas opiniões que nos são diariamente publicadas? Leiamos os indicadores. Nada melhor do que sair do empirismo e avaliar os dados estatísticos. Até o maior dos pessimistas se rende aos números. Vamos a eles.

A taxa de desemprego recuou para 11,9% no primeiro semestre de 2019, conforme dados divulgados pelo IBGE em 30/08/2019. Equivale dizer que mais postos de trabalho foram criados e o número de pessoas sem trabalho tem se reduzido gradualmente.
Nos 5 primeiros meses de 2019 o número de mortes violentas foi de 17.900. Certamente um número estarrecedor. Porém, esse número é 22% abaixo do mesmo período de 2018, que contou 23.015 assassinatos em nosso país. O Estado do Ceará, segundo dados divulgados pelo G1 em 18/04/2019, reduziu sua criminalidade em 54%.
A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação de Custódia), principal instrumento de política monetária utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação, atingiu o menor índice de sua série histórica, chegando 5,5% ao ano. Em abril de 2016 seu índice era de 14,25% ao ano. Quanto menor a taxa Selic, menor o custo de captação dos bancos, que tendem a emprestar a juros mais reduzidos. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, reduziu sua linha de crédito para financiamento imobiliário para 7,5% ao ano. O Ibovespa fechou 105.015 pontos em 17/10/2019, cerca de 15% a mais que os 91.012 pontos de 02/01/2019, mostrando mais aptidão ao risco.
A produção industrial, segundo a Confederação Nacional da Indústria, cresceu 0,8% em agosto de 2019, configurando a maior taxa registrada desde junho de 2018. Ainda segundo a CNI, o custo unitário do trabalho (CUT), no mês de outubro de 2019 recuou 9,5%, na comparação com os parceiros que contratam com o país, o que significa maior competitividade de nossos preços no mercado externo.
A impressão que se tem é que alguns grupos não torcem pelo Brasil, mas, pelo poder. Não querem que dê certo, pois, do contrário, estarão ainda mais distantes de ocuparem os espaços políticos. Aos pobres mortais, como nós, sugiro: leiam os indicadores.

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