Blog

26 de abril de 2018

O EXÉRCITO, O TRÁFICO E O FUTEBOL

Várias são as portas de entrada para a vida adulta, de uma juventude ávida e reivindicante de um lugar ao sol. A natural contestação e a boa revolta, aflorados na adolescência, irão pautar os rumos e destinos que os jovens atingirão no meio social. No título do texto estão três caminhos comumente seguidos por essa juventude. Por certo os colocamos propositadamente ladeados no intuito de provocar o leitor a uma reflexão.

O exército, assim como as demais carreiras militares, há muito, sempre foi o sonho de jovens que veem nas forças armadas a oportunidade de sair de casa e conseguir alimentação e moradia diuturnamente. Servir o exército, para muitos, é motivo de orgulho e alvo a ser perseguido.

O tráfico, por sua vez, sob a ilusão de um dinheiro fácil e rápido, apresenta ao adolescente um caminho tortuoso, sombrio, que certamente o levará a conhecer mazelas que poderiam ser evitadas, se o rumo escolhido fosse outro. Segundo dados do G1, disponíveis aqui e publicados em 03/01/017, um em cada três presidiários responde pelo tipo penal de tráfico ilícito de drogas. Desnecessário lembrar as internações e mortes violentas pelo uso de arma de fogo, atrelados a esse comportamento.
O futebol, por sua vez, cujo glamour e encantamento revelam ares de luxo e fascinação só alcançados por artistas e celebridades do mundo pop, aponta o alvo de muitos sonhadores da periferia pobre, que veem na oportunidade o bilhete único para deixar uma vida de dificuldades e luta. Não por acaso, a nossa grande estrela desportista é um jogador de futebol.

Em tempos de copa do mundo e intervenção carioca é relevante notar que nosso maior palco se localiza na cidade maravilhosa, que sofre uma simbiose dos elementos acima apontados.

Bom seria se os políticos de Brasília apresentassem aos jovens uma quarta opção. Uma revolução educacional mudaria nosso panorama e nos colocaria de novo nos trilhos da prosperidade.

A educação afasta a droga, dispensa o exército e melhora a qualidade do voto. O futebol, como dito, bilhete único, precisa passar a ser uma segunda opção. Seríamos campões, sem sombra de dúvidas. Vai Brasil!!!

*Artigo publicado por Valério Ribeiro na edição nº 332 da Revista Em Voga.

Notícias relacionadas